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“Ditadura em Manaus? Feirante é expulsa e tem banca removida pela prefeitura após apoiar oposição a David Almeida”

Feirante

“Ditadura em Manaus? Feirante é expulsa e tem banca removida pela prefeitura após apoiar oposição a David Almeida”

MANAUS – Na noite de terça-feira (25), um episódio tenso e polêmico aconteceu no centro da cidade, quando uma feirante foi expulsa de seu ponto de trabalho e teve sua banca removida por agentes da Prefeitura de Manaus. A situação gerou revolta entre moradores e comerciantes da região, que alegam que o motivo da ação foi o apoio declarado da feirante a um candidato de oposição ao prefeito David Almeida.

Retaliação política e remoção forçada

De acordo com relatos de testemunhas presentes no local, a feirante estava trabalhando em sua barraca quando, após a saída dos vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM), policiais e agentes municipais retornaram à área e realizaram a remoção de sua banca. Os relatos indicam que a ação foi realizada sem aviso prévio ou justificativa oficial, o que gerou ainda mais indignação.

“Quando os vereadores saíram de lá, a polícia voltou e começou a desarmar a barraca e desalojar a feirante. Foi uma atitude muito violenta”, relatou uma testemunha, que preferiu não se identificar. A ação gerou um clima de tensão no local, especialmente entre os comerciantes, que temem que o ocorrido seja uma retaliação política contra a feirante devido ao seu apoio a um adversário político de Almeida.

Silêncio da prefeitura e impacto na feirante

Até o momento, a Prefeitura de Manaus não se manifestou oficialmente sobre o ocorrido, deixando muitos questionamentos no ar. A falta de transparência em relação à motivação da ação tem gerado especulações sobre a possível relação entre a retirada da feirante e sua posição política, o que poderia caracterizar uma utilização do poder público para perseguir opositores políticos.

A feirante, que até então mantinha a banca como sua principal fonte de renda, encontra-se sem um local para continuar seu trabalho, o que coloca em risco sua subsistência e a de sua família. A remoção da banca, sem qualquer aviso ou justificativa oficial, expõe a fragilidade dos trabalhadores informais frente ao poder público, especialmente em um cenário onde possíveis desavenças políticas parecem influenciar as decisões administrativas.

“O que eu estou sofrendo aqui é abuso político, entendeu? Essa banca era do meu marido, ele trabalhou mais de 30 anos aqui na feira. Ele faleceu e a banca veio para o meu nome, e houve uma denúncia que eu tinha vendido a banca, só que eu não assinei nada, não houve venda nenhuma. Estão tirando o único bem que a gente tem para sobreviver”, relatou a feirante bastante abalada com a situação.

Mobilização popular e apoio político

O caso tem gerado grande repercussão entre a população e lideranças políticas da oposição. Comerciantes e feirantes organizam protestos para exigir esclarecimentos da Prefeitura e garantir que outras situações semelhantes não ocorram.

Vereadores da oposição já sinalizaram que levarão o caso para debate na Câmara Municipal de Manaus e cobrarão uma investigação formal sobre a conduta dos agentes municipais envolvidos na remoção. Alguns parlamentares também propõem a criação de um projeto de lei para garantir maior proteção aos trabalhadores informais contra remoções arbitrárias.

Repercussão nacional

O caso está chamando atenção de entidades de direitos humanos e da imprensa nacional. Organizações de defesa dos trabalhadores informais estão mobilizando ações para garantir apoio à feirante e pressionar as autoridades locais a se pronunciarem sobre o ocorrido.

Os trabalhadores aguardam um posicionamento oficial da Prefeitura, que ainda não se pronunciou sobre o caso. O desdobramento dessa situação poderá ter repercussões não apenas no cenário político local, mas também na forma como os trabalhadores informais são tratados pelas autoridades municipais.

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