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Prefeitura de Manaus propõe empréstimo bilionário e aumenta endividamento da cidade

Prefeitura de Manaus propõe empréstimo bilionário e aumenta endividamento da cidade

O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), enviou nesta segunda-feira (24) à Câmara Municipal de Manaus (CMM) um Projeto de Lei (PL), em regime de urgência, solicitando autorização para contratar um empréstimo no valor de R$ 2,5 bilhões.

A proposta prevê que o financiamento será firmado com instituições financeiras nacionais, com garantia da União, e poderá ser utilizado entre 2025 e 2028, conforme a necessidade do município.

Promessas de investimento, mas sem transparência

A Prefeitura justifica que os recursos serão destinados a obras estruturais e melhorias urbanas, incluindo:

  • Infraestrutura urbana;
  • Construção e revitalização de parques;
  • Contenção de erosões em diversas zonas da cidade;
  • Melhoramento de ramais e vicinais;
  • Desassoreamento de igarapés;
  • Construção de unidades habitacionais populares;
  • Regularização fundiária;
  • Investimentos em educação e saúde;
  • Construção e reforma de feiras e mercados;
  • Modernização fazendária.

Embora a lista de investimentos pareça promissora, não há detalhamento sobre como os recursos serão distribuídos, quais projetos terão prioridade ou prazos para execução. A falta de transparência levanta dúvidas sobre a real aplicação do dinheiro e a efetividade do financiamento.

Endividamento em tempos de crise

A Prefeitura argumenta que o empréstimo está dentro dos limites legais de endividamento e que os pagamentos serão feitos com receitas municipais. No entanto, críticos apontam que a cidade já enfrenta dificuldades financeiras e a população pode acabar pagando essa conta no futuro, seja por meio de cortes em serviços essenciais ou aumento de impostos.

Além disso, a pressa em aprovar um empréstimo bilionário sem amplo debate com a sociedade e especialistas reforça preocupações sobre a gestão dos recursos públicos. A experiência de outros empréstimos semelhantes no passado também gera desconfiança, pois muitas obras anunciadas acabam atrasadas, superfaturadas ou até mesmo inacabadas.

Agora, o projeto segue para análise dos vereadores na CMM. Resta saber se os parlamentares farão um debate aprofundado sobre os impactos desse endividamento ou se apenas darão aval para mais um cheque em branco da administração municipal.

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